Tem dias que o mar revolto entra em meu peito,
E suas ondas tentam arrancar meus pulmões.
Sinto a falta de ar dos náufragos que tentam nadar.
É a falta de ar do cansaço de quem já tentou lutar.
Tem dias que carrego em mim a tempestade,
Daquelas com raios e trovões.
E quando percebo meu peito todo alagado,
Meus olhos vazam as lágrimas das emoções.
Tem dias que trago em mim a menina,
Aquela que fui tempos atrás,
Moleca, arteira mas contida,
Sempre feliz e sempre querendo algo mais.
Tem dias que sou o que sou,
E carrego quem devo carregar.
Nada cobro e nada exijo
Sou feliz, só por viva estar !
Tem dias que trago em mim ninguém.
Nesses dias sou só.
(Inez Alvarez)
sábado, 29 de maio de 2010
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